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Ano 4 - nº 340 - 05 de janeiro de 2016
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Balança comercial surpreende e fecha 2015 com
superávit de US$ 19,7 bilhões: A balança comercial brasileira superou as
expectativas e fechou o ano de 2015 acumulando um superávit de US$
19,7 bilhões, quase US$ 5 bilhões acima das previsões iniciais.
Este resultado pode ser explicado tanto pela desvalorização
cambial, que encarece as importações e estimula as exportações,
quanto pela recessão econômica que o país atravessa, que reduz a
compra de produtos importados. Essa combinação levou a uma retração
de 38,7% nas importações, enquanto as exportações caíram apenas 4%,
influenciadas pela queda no preço das commodities (ambas
comparações do resultado de dezembro/2015 com dezembro/2014). Outra
boa notícia é que a participação dos manufaturados na pauta
exportadora voltou a crescer, passando de 35,6% da pauta total, em
2014, para 38,1%, em 2016. Essa alta é explicada em parte pela
desvalorização cambial, que melhora a competitividade de nossos
produtos manufaturados em mercados mais próximos, como os
latino-americanos. Em segundo lugar, a queda acentuada no preço dos
produtos básicos contribuiu para estes perderem espaço na pauta
exportadora.
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Comentário: A recuperação da balança comercial
brasileira afasta quase definitivamente a possibilidade de uma
crise de balança de pagamentos num horizonte previsível. A
redução do déficit em transações correntes, somada à contínua
entrada de investimentos diretos no país e ao amplo colchão de
liquidez em dólar existente nas reservas internacionais, garante
certa tranquilidade para o país atravessar a crise atual sem
maiores preocupações com seus passivos externos. Ao contrário, a
desvalorização recente da taxa de câmbio não só melhorou o
desempenho da balança comercial e de serviços, como também
reduziu o endividamento público no conceito líquido, uma vez que
as reservas cambiais brasileiras passaram a valer mais em real,
abatendo parte maior dos passivos brasileiros. O problema é que,
mesmo com a aceleração da recuperação do setor externo, ele não
será suficiente para promover o crescimento econômico do país,
dada sua pequena contribuição para o PIB. Evidentemente, as
exportações podem servir como apoio a um movimento de recuperação
dos investimentos, em particular em setores localizados, mas se
mostra insuficiente para promover uma recuperação sustentada da
economia brasileira num prazo razoável. Sendo assim, além de
continuar promovendo as exportações e a recuperação da
competitividade internacional dos produtos brasileiros, se faz
necessário encontrar outras fontes de demanda autônoma internas,
que sejam capazes de reanimar o “espírito animal” dos empresários
e os mobilizem a retomar a produção e o investimento. Neste
sentido, os investimentos em infraestrutura se mostram um
importante instrumento de política econômica, por representarem
uma fonte de demanda autônoma que melhora a competitividade das empresas
brasileiras, gera milhares de empregos e ajuda diversos setores a
terem a demanda garantida de que necessitam para planejar melhor
seus investimentos.
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AGENDA DO
DIA
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EVENTO
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HORÁRIO
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ÓRGÃO DE DIVULGAÇÃO
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PMI/Brasil
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10h
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FGV
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Desemprego/Alemanha
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6h55
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Destatis
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* As opiniões aqui expressas são de inteira
responsabilidade de seu autor, não representando a visão da FPA ou
de seus dirigentes.
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