terça-feira, 19 de maio de 2015

BOLETIM DE POLITICA SOCIAL - FUNDAÇÃO PERSEU ABRAMO

Ano 3 - nº 166 - 18 de maio de 2015
Banco Mundial: redução da pobreza no Brasil e América Latina
Relatório do Banco Mundial discute os avanços na América Latina e Caribe, especialmente na diminuição pela metade dos índices de pobreza na região, queda da desigualdade e o maior crescimento econômico do mundo da população classificada como os 40% mais pobres.

Em estudo de caso mais detalhado entre os países, o relatório mostra que o Brasil quase eliminou a pobreza extrema na última década, tendo quase 25 milhões de brasileiros saído da pobreza extrema ou moderada, sendo a queda maior nos estados com maiores taxas de pobreza. Ainda, segundo o estudo, 1 em cada 2 latino-americanos que saiu da pobreza na última década era brasileiro, tendo a pobreza caído mais rápido no Brasil que na região. O relatório destaca como motivadores da redução da pobreza no Brasil as tendências positivas de crescimento após 2001, um crescimento econômico focado nos pobres e um mercado de trabalho dinâmico.

Os dados do relatório também são interessantes por analisar a queda da pobreza em termos regionais dentro do país, como mostra o gráfico abaixo, em que se percebe uma convergência entre os níveis de pobreza, com os estados com os níveis mais altos apresentando quedas maiores.
Pobreza por estado (%), Brasil, 2001 (barras) – 2012 (em amarelo)
Fonte: Banco Mundial, 2015

No entanto, o relatório mostra que ainda 18 milhões de brasileiros vivem na pobreza e a desigualdade no país é maior que a da região (que já é conhecida por ser uma das mais desiguais do mundo): no Brasil, o 1% mais rico tem renda maior (13% da renda total) que a dos 40% mais pobres (11% da renda).

O relatório mostra que serão necessárias novas medidas para avançar com a redução da pobreza e melhoria do bem estar na América Latina, pois a desaceleração econômica e queda das rendas têm afetado a região.
Para ler mais:
Shared Prosperity and Poverty Eradication in Latin America and the Caribbean
leia mais
 
* As opiniões aqui expressas são de inteira responsabilidade da sua autora, não representando a visão da FPA ou de seus dirigentes.
 

 

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